
“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” (1 Coríntios 15: 17)
Esta semana lembramos a morte e a ressurreição de Jesus em nosso favor, que aconteceu nesta altura há cerca de 2000 anos.
Jesus veio à Terra para viver entre nós, e morrer por causa do nosso pecado, que tinha levado à nossa separação de Deus. Ele veio para restaurar a comunhão entre Deus e o Homem, que tinha sido quebrada pelo pecado de Adão e Eva.
Deus é justo, e Deus disse que o castigo para o pecado seria a morte do pecador. “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gênesis 2: 16-17)
Adão e Eva não obedeceram a Deus e comeram do fruto. Por isso, para satisfazer a justiça de Deus, que é verdadeiro e não muda, o pecador teria que morrer.
Mas porque Ele nos amou, Jesus veio morrer no nosso lugar, por Sua vontade. Ele que não tinha pecado, foi feito pecado por nós, para satisfazer a justiça de Deus. “Aquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5: 21)
Ele veio morrer no nosso lugar, veio pagar a dívida de justiça que nós tínhamos para com Deus. O nosso pecado foi levado por Ele na Sua morte, fomos lavados no Seu sangue. “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;” (Colossenses 2: 14)
Ele veio para nos dar a salvação por Sua imensa graça, não porque nós merecêssemos ou tivéssemos feito alguma coisa boa, mas simplesmente pela Sua vontade.
Mas Jesus não ficou no sepulcro, não ficou na morte. Deus Pai ressuscitou-O. “Ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse Ele retido por ela.” (Atos 2: 24)
A justiça de Deus estava satisfeita. A ressurreição de Jesus foi a prova disso mesmo. O sacrifício de Cristo tinha sido suficiente para nos separar do pecado, e nos voltar a dar a comunhão com Ele. Por isso o Pai O ressuscitou dos mortos, não havia razão para que continuasse no sepulcro.
A vida de acordo com a esperança na ressurreição
Porque Deus ressuscitou o Seu Filho, também nos ressuscitará a nós um dia. O apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 4: 14: “sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco.”
E o que pode esta esperança de ressurreição com Jesus fazer na nossa vida? Nós que somos apenas peregrinos na Terra por um pouco de tempo, e que temos a promessa da eternidade com Deus, como encaramos a esperança da ressurreição futura?
O apóstolo Paulo continua: “Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.” (2 Coríntios 4: 15)
E ainda: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” (2 Coríntios 4: 16-18)
Não devemos desanimar com as tribulações, com as dificuldades da vida, até com o avançar dos anos. Porque se o homem exterior se vai corrompendo, o interior se renova de dia em dia.
Devemos preocupar-nos mais com as coisas que são eternas, do que com as coisas passageiras desta vida. O próprio apóstolo Paulo nos incentiva: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” (Colossenses 3: 1-3)
A esperança da ressurreição deve fazer-nos viver uma vida a olhar para cima, em desejo e perseverança, seguindo o nosso maior exemplo, que é Jesus. Ele que nos amou de tal maneira que veio morrer por nós, e ressuscitar, para nos restaurar à ligação inicial que tínhamos com Deus.
Como encaramos verdadeiramente a ressurreição de Jesus? E que impacto tem ela na nossa vida? Estamos verdadeiramente a viver de acordo com a esperança que temos na ressurreição? Ou será que precisamos repensar as prioridades que temos tomado na vida?
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.
Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente.” (1 João 2: 15-17)
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