
Estamos numa altura em que os fenómenos extremos na natureza parecem ser mais frequentes, e causar problemas cada vez mais sérios à Humanidade.
Em alguns países são cheias devastadoras, mesmo no Verão. Noutros é a seca extrema, devido a anos e anos de altas temperaturas e pouca chuva. Em outros locais são incêndios de grandes dimensões, que destroem e levam à evacuação de pessoas. Por outras paragens, sentem-se hoje vagas de calor que dificilmente aconteceriam no passado.
Para além destes fenómenos, há a Pandemia de COVID-19 em que ainda vivemos, e que o Homem está ainda longe de conseguir controlar.
Há quem olhe para estes e outros acontecimentos, e os associe a possíveis sinais da segunda vinda de Cristo. Algo que Ele deixou bem claro que iria acontecer (Mateus 24).
Como devem os filhos de Deus viver a sua vida no meio de tudo isto?
Medo, ansiedade e obsessão na busca e interpretação dos sinais?
Quando ouvimos falar na Segunda Vinda de Jesus, por vezes vemos medo e ansiedade, pela incerteza do que iremos ter que passar. Outras vezes, vemos um grande foco em reconhecer e interpretar os sinais da Sua vinda. Mas serão estas as respostas que Deus espera de nós?
Jesus disse que não nos compete saber os tempos em que estas coisas vão acontecer (Atos 1: 7). Por isso, não devemos ter medo nem andar obcecados com descobri-lo: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.” (Marcos 13: 32)
E depois, convém não esquecer, independentemente de quando e do que pode acontecer, Deus é soberano e está no Seu trono. Tudo será feito de acordo com a Sua Divina vontade. E isso deve ser motivo de segurança e de descanso para nós.
Não sabemos se Jesus volta durante o nosso tempo de vida, ou se depois de partirmos.
Esta dúvida já estava presente nos tempos do apóstolo Pedro, como vemos na sua segunda carta: “tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (2 Pedro 3: 3-4)
Já nessa altura, havia quem esperasse a Sua vinda, considerando-a iminente, ainda durante a geração que com Ele conviveu (Marcos 13: 30). E quem dissesse que Ele nunca mais havia de vir, porque o mundo sempre tinha sido assim, já tinha passado muito tempo e tudo continuava igual.
Medo, ansiedade ou obsessão não são a resposta que Deus pede de nós.
Vigiar, estar preparado e pregar o evangelho
O nosso Senhor pode vir antes do que achamos, ou demorar mais do que esperamos. O próprio Cristo usou duas parábolas para ensinar isto aos Seus discípulos.
A parábola do bom e do mau servo, relatada em Mateus 24: 45-51, em que o senhor chega antes do que o servo espera, e encontra-o a espancar os seus companheiros e a comer e beber com os ébrios. Comportamento que o levou a ser castigado.
E a parábola das dez virgens, relatada em Mateus 25:1-13, em que o noivo demora mais tempo a chegar do que o esperado, e apenas as virgens prudentes estão preparadas para entrar com ele para as bodas. As outras ficaram do lado de fora.
Perante estas duas possibilidades, Jesus disse aos Seus discípulos: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.” (Mateus 24: 42); e reforçou: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.” (Mateus 24: 44)
O vigilante não pode estar distraído, ou a dormir. Tem que estar alerta, tem que observar, não pode estar no seu posto de forma passiva. O vigilante tem que estar preparado para o que pode acontecer a qualquer momento. Assim temos que ser nós.
O apóstolo João, na sua primeira epístola, recomenda aos seus leitores a que permaneçam em Jesus. “Filhinhos, agora, pois, permanecei n’Ele, para que, quando Ele se manifestar, tenhamos confiança e d’Ele não nos afastemos envergonhados na Sua vinda.” (1 João 2: 28)
Permanecer n’Ele, obedecendo aos Seus mandamentos e andando nas boas obras que Ele preparou para nós, fará que a todo o momento estejamos preparados para a Sua vinda. E assim teremos confiança, e não vergonha.
Outro mandamento deixado por Jesus aos Seus discípulos foi que pregassem o Evangelho, e ensinassem os novos convertidos a guardar as coisas que Jesus lhes tinha ordenado. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” (Mateus 28: 19-20)
O seu trabalho não se limitaria a fazer e a batizar discípulos de todas as nações, competia-lhes também instruí-los na forma como deviam viver. Cabe-nos a nós continuar a fazer o mesmo hoje, independentemente do dia ou da hora em que Jesus virá.
Por isso, irmãos, não sabemos a hora, Ele virá como ladrão. Vigiemos como nos é ordenado, porque já fomos prevenidos de antemão: “Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; (…) crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3: 17-18)
E tu, se ainda não aceitaste Jesus como teu Salvador, hoje é o dia. Não sabemos quando Ele voltará, ou quando te levará deste mundo. Amanhã, pode já ser tarde demais. “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,” (Atos 3: 19)
“Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3: 9)
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