
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1: 1)
Princípio. Deus. Duas palavras fundamentais e intimamente ligadas.
Esta revelação indica-nos que em determinado tempo existia somente Deus e, mediante Ele, tudo veio a existir. A eternidade de Deus é claramente expressa por Moisés no Salmo 90 quando diz “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, Tu és Deus.” (v.2)
Mas o que é a eternidade? Não conseguimos perceber realmente o seu significado. Somos limitados pelo tempo. Mas este conceito é-nos deixado no coração pelo próprio Deus (Eclesiastes 3: 11). Deus é o Criador do tempo, contudo Ele vive fora do tempo.
Deus é eterno. Deus é Criador. “Deus criou os céus e a terra.”
Diferentemente do ser humano, que rearranja o que já existe, Deus cria simplesmente, pelo poder da Sua palavra. E do nada, tudo surge.
Mas Ele mesmo não tem origem. Deus simplesmente existe. E sempre existiu. Ele é auto-existente, não dependendo de coisa alguma, nem de ninguém.
Sem origem, sendo, no entanto, a fonte de toda a vida. Completamente independente.
Como pode este tão grande Deus ser comparado aos “deuses” concebidos pelos homens? “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (João 4: 24) Não por imagens. Nenhuma imagem, ou escultura, poderia plenamente representar o Criador de todo o universo, o Rei dos reis, o Todo-Poderoso.
As imagens “têm boca e não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.” (Salmo 115: 5-8)
Deus é Espírito. Deus está no céu. E “tudo faz como lhe agrada.” (Salmo 115: 3)
“A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.” (Gênesis 1: 2)
Todo o universo foi criado pelo poder da Sua palavra, como lhe agradava.
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1: 26)
Façamos? No plural? Com quem dialogava Deus? Com Deus.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez.” (João 1: 1-3)
Mas quem é este Verbo? Jesus Cristo é o Verbo. Jesus Cristo é Deus.
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1: 14)
Assim vemos a atividade do Deus Triuno na criação: O Espírito (referência ao Espírito Santo) pairando sobre as águas; o Verbo (referência ao Filho) comparticipando na criação, e Deus (referência ao Pai) agindo em concordância plena.
Não tentamos explicar, mas cremos firmemente na relação harmoniosa deste Deus triuno: Pai, Filho e Espírito Santo. Três Pessoas. Um Deus.
“Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus;” (Isaías 45: 5)
“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.” (I João 5: 7)
Um Deus, e apenas um. O Deus Criador.
Adoremos, pois, o Rei, o nosso Deus Criador, eternamente!
Crédito de imagem: Greg Rakozy