
O Carnaval parece ter origens pagãs, tendo sido mais tarde adaptado pela Igreja Católica Romana. O Carnaval é o dia que antecede o início da Quaresma – a quarta-feira de Cinzas. O nome vem do latim “carne vale” ou “despedida da carne“. Isto porque para a Igreja Romana, o período da Quaresma deve ser um período de abstinência, inclusivamente de comer carne.
O Carnaval passou a representar a festa dos excessos antes de entrar na abstinência. E com o passar do tempo passou a uma festa mundana onde parece que tudo é permitido.
O Carnaval como o conhecemos hoje em dia, será um bom ambiente para o cristão espiritual? Será propício para se manter afastado do pecado?
“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria cobiça. Depois, havendo a cobiça concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1: 13-15)
Como aqui descrito em Tiago, o pecado é um processo. É como se fosse um caminho com várias etapas. Começa com a tentação que vem da cobiça, com a atração pelo satisfazer a carne. A cobiça concebe e depois dá à luz o pecado. E uma vez praticado, o pecado gera a morte.
Se queremos evitar o pecado, temos que evitar as condições favoráveis a que ele aconteça, temos que fugir dele logo no início do processo. Não podemos achar que não há problema em pormo-nos numa condição de tentação. Não podemos achar que mesmo assim lhe vamos resistir.
Em Provérbios 4:14-15 lemos: “Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.” E o versículo 19 acrescenta: “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem conhecem aquilo em que tropeçam.“
Este caminho mau, esta vereda dos ímpios, deve ser evitada. Devemos desviar-nos dele, passar de largo. Este caminho tem um mau destino, o pecado. Não podemos achar que se formos nós a trilhá-lo, o seu destino passa a ser outro.
Como ouvi há dias, se quero ir para o Porto, não posso apanhar a autoestrada para o Algarve. Esse caminho definitivamente não me vai levar ao Porto. Da mesma forma, se eu quero um destino sem pecado, não posso entrar no caminho dos ímpios.
O Carnaval é tipicamente um ambiente de excessos, de comida, de bebida, de pecaminosidade. É um ambiente propício à tentação e à consumação do pecado. Por isso deve ser evitado.
Provérbios acrescenta relativamente ao caminho a seguir: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4: 18)
Sigamos por este caminho, o caminho da luz. Que vai brilhando mais e mais, até ser dia perfeito.
Para não chegar ao ponto de pecarmos contra Deus, desviemo-nos do caminho da escuridão, e evitemos o Carnaval.
Crédito de imagem: Saúl Bucio