
“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;” (Efésios 5: 1)
Somos imitadores por natureza. Desde que nascemos que aprendemos por imitação do comportamento daqueles que estão ao nosso redor. No início, pelos nossos pais, mas depressa o ciclo envolvente cresce e o potencial de aprendizagem também, por outras pessoas que surgem à nossa volta e por novos meios que frequentamos.
Esta constante aprendizagem de comportamentos acontece muitas vezes por vontade nossa, mas tantas outras, senão mais, surge de forma passiva, sem sequer nos apercebermos que tal está a suceder. E, pouco a pouco, a nossa personalidade e a nossa forma de ver a vida vão sendo formadas e estabelecidas.
Seja de uma forma ou de outra, passiva ou ativa, tornamo-nos naquilo a que dedicamos mais tempo, no modelo que mais contemplamos.
E a que modelo tens dado mais do teu tempo?
Deus nos ensina, através do apóstolo Paulo na sua carta aos Efésios, a sermos Seus imitadores. “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;” (Efésios 5: 1) Mas para isso, temos de O conhecer. Como poderemos imitar Alguém que não conhecemos? E se não conhecemos devidamente, como O poderemos achar digno da nossa imitação? E adoração?
Imitar a Deus não acontece por acaso. Não sem esforço ou dedicação da nossa parte. É preciso dedicar-Lhe tempo. Tempo na Sua Palavra.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17), disse Jesus na Sua oração sacerdotal.
Somos santificados pela Palavra. E tal só poderá acontecer quando lhe dedicamos tempo. Tempo para conhecermos a Deus, para podermos experimentar os Seus ensinos nas nossas vidas, para sermos transformados e conformados ao Seu modelo.
Mas tempo só não chega. É preciso amor. Assim Ele nos pede.
“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” (Marcos 12: 30)
Dedicamos mais tempo ao que mais amamos. E amamos mais, quem melhor conhecermos. O conhecimento suscita e desenvolve um maior amor. Por isso, a transformação passa da mente para o coração. Conhecimento para a emoção.
Ao conhecermos melhor a Deus, pela leitura e meditação da Sua Palavra, é simplesmente impossível não o amar mais e mais. Deus é infinitamente digno do nosso amor e da nossa adoração. Da nossa imitação.
“Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade;” (Êxodo 34: 6), assim clamou Moisés quando sentiu o perdão e o amor de Deus após o pecado do povo. O caráter de Deus tinha ficado claro na sua mente, pelo conhecimento e reconhecimento de quem Ele era. E a resposta de Moisés foi simplesmente adoração (v. 8).
Como não O amar? Não existe modelo mais elevado e mais digno que o Seu. É impossível ficar indiferente.
“Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” (1 João 4: 9-11)
Não existe amor maior, e mais transformador, que o amor de Deus.
Procuremos então dedicar-Lhe o tempo devido, para O conhecermos melhor. Certamente O amaremos mais, e melhor refletiremos o Seu amor para com aqueles que nos rodeiam.
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)
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